O
conceito de cidadão em nosso país parece estar cada vez mais longe de seu
sentido real.
Nós,
“cidadãos”, como preferimos ser chamados, muitas vezes, de tanto brigar pelos
nossos direitos, esquecemos que o próximo também é munido dos mesmos direitos;
de tanto cobrar que se faça algo melhor pelo nosso país, esquecemos que a
mudança depende principalmente de nossas atitudes; apontamos o dedo acusando de
negligente, aquele que, na verdade, tenta fazer algo mais, porém se ver
impossibilitado por falta de condições de trabalho, e acabamos esquecendo de
cobrar dos principais responsáveis pelo desastre social que aí está.
Precisamos,
de uma vez por todas, aguçar nosso senso crítico. Não dá mais pra ouvir a
expressão “O BRASIL NÃO TEM JEITO”. De fato, da forma que agimos para
alcançarmos o país que queremos, não tem jeito.
Porém, se
com a mesma coragem e bravura com que apontamos o dedo para um professor, um
técnico de enfermagem, um Policial, entre outros, fizermos com nossos
governantes, a coisa mudaria pra muito melhor.
O Sistema
é mais forte do que o povo apenas quando este permite. Lembremos aqui da temida
época da Ditadura Militar, em que se governava com “mão de ferro”; em que se
calava a boca de todo e qualquer sujeito que se mostrasse contra a chamada
“Linha Dura”.
Nesse
período que perdurou de 1964 a 1985, foram muitos os movimentos populares, que
resultou em várias prisões, exílios e muitas mortes, e mesmo com tanto poder
nas mãos dos governantes, VENCEU O POVO.
Na França
o então Presidente Nicolas Sarkozy, perdeu grande popularidade, em plena
campanha para sua reeleição, por o simples fato de ir a uma Cidade naquele país
e ter ficado hospedado em um hotel dos mais chiques da França e, ainda por
cima, ao cumprimentar as pessoas, foi flagrado pelas câmeras, tirando do braço
um relógio no valor equivalente a 136 Mil Reais. Os CIDADÃOS franceses
já estão dando sua resposta.
Baseados
nos fatos acima citados, é que temos a certeza de que ao povo brasileiro, falta
apenas um pouco mais de discernimento e bravura, para que possamos cobrar à
pessoa certa, na hora certa e da maneira correta. E vale lembrar que isso é
mais que possível, uma vez que temos o maior de todos os poderes nas mãos: O
VOTO.
Autor: Walter Clemente Alves, graduado em Letras-Inglês(UERN-Assu) e recém ingressante do Curso de História(UERN-Ass