Vai Na Paz Tio!

A existência humana é mesmo muito engraçada, cheia de incertezas, mistérios, momentos felizes, momentos tristes, mas apesar de tudo isso só temos uma certeza em nossas vidas desde o dia em que nascemos... A Morte! Mesmo sendo algo certo é algo que preocupa a muitos, pois não se sabe como nem quando ela virá.  Mas o que é a MORTE? Para muitos o fim, para outros o começo, não se sabe ao certo. A única resposta que todos têm em mente é que A MORTE É CERTA. Mas apesar de certa ela nunca é esperada e quando chega acaba trazendo junto muita tristeza e lágrimas. Faz Homens voltarem ser criancinhas que choram como se quisessem o colo da mãe, faz mães derramarem lágrimas de tristeza, que só refletem um desejo o de estar no lugar do filho. Apesar de certa a morte é engraçada, ela sempre está presente nos noticiários das mas diversas formas e mesmo assim acaba passando despercebida aos olhos de muitos, até um momento em que ela encontra alguém próximo da gente. É nesse momento no qual nos damos conta que apesar de ser uma companheira indesejável ela virá "Pois tudo o que é vivo, morre!", já que ela não diferencia rico de pobre, branco de negro, homem de mulher, é através dela que todos se tornam verdadeiramente iguais. Infelizmente  eu a encontrei ontem, já tinha me deparado com ela algumas outras vezes, mas nenhuma delas tinha sido tão difícil como essa. Dessa vez ela levou Antônio Feliciano de Souza, para alguns Toinho de Dórico, para mim Tio Toinho. Muito mais do que um tio, era também meu amigo, uma pessoa como poucas, sempre alegre e fazendo brincadeiras. Ele sempre me chamava de Juinera e eu ainda me lembro de quando eu ia até a casa da minha avó ele chegava para mim e dizia: "Juinera tem uma gia guardada na geladeira pra gente comer assada mais tarde", e depois que eu na minha inocência de criança fazia cara de nojo e dizia "Deus me livre", ele soltava aquela risada gostosa de se ouvir. Essa é a lembrança que sempre vou guardar na minha memória e apesar dele não estar mais aqui entre nós estará vivo nos nossos corações. Uma coisa eu sei assim como a morte é certa, nós ainda vamos nos encontrar um dia e talvez eu aceite comer aquela gia assada. Vai na Paz meu querido Tio!

Assinado seu sobrinho e amigo Juinera.